Despois que inventaram a desculpa, ninguém mais tem culpa ou pelo menos pensa que pode justificar-se dizendo simplesmente “Desculpe-me”. O assassino diz que matou por amor, o ladrão roubou por necessidade, a mulher se prostitui para comprar comida para seu filho, casais se separam porque o amor acabou, funcionários trabalham relaxadamente porque são mal remunerados, vendedores cobram caro porque afinal todo mundo faz assim.
Embora pedir desculpa e pedir perdão pareça a mesma coisa, é algo bem diferente. Pedir desculpa é uma alegação atenuante ou justificativa de culpa. É isentar-se da culpa, apontar outro culpado e outro motivo para seu erro, é quase dizer o mesmo que não foi minha culpa. Já pedir perdão é declarar-se culpado. Admitir o erro. Confessar o pecado em atitude de arrependimento. Quem pede perdão demonstra que deseja mudar. Quem pede desculpa não se responsabiliza por seus atos, não admite seu erro e logo vai errar novamente.
É claro que também existe a dificuldade de perdoar por parte de quem ouvem alguém adimitir o erro. Prefere-se ouvir uma desculpa à verdade. Se você chega atrasado a uma reunião e diz: “Desculpem, o trânsito estava congestionado”, todos vão sorrir e desculpar. Mas se você disser: “Perdoem-me, não dei importância necessária a esta reunião e saí atrasado de casa”, com certeza virão críticas. É preciso ser sincero. No lugar de nos acostumarmos em disfarçar nossas intenções com desculpas, com sorrisos falsos ou conversa lisonjeira, devemos tratar nosso coração limpando o ódio, a inveja e a preguiça que tanto nos faz ser individualistas. Como servos de Deus, devemos tratar as pessoas com responsabilidade e, se errarmos, precisamos pedir perdão e tentar corrigir nossa falta. Ter uma vida de sinceridade com nosso próximo é um grande passo para quem quer ser correto diante de Deus.
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